Análises Físico-Químicas

As análises físico-químicas têm como principal objetivo a identificação das condições do lubrificante, sempre com o propósito de aumentar a vida útil do lubrificante e das máquinas e equipamentos.

O grau de deterioração física e química do lubrificante, isto é, o grau de contaminação e degradação pode ser avaliado através de um conjunto de ensaios normalizados e especializados.

Conservar o lubrificante em operação significa manter suas características físico-químicas para que este fluído cumpra a importante função de lubrificar, transmitir potência, dissipar calor, etc.

Lubrificantes usados e novos possuem odor característico. Uma contaminação por combustíveis ou solventes fará com que essa característica mude e torne fácil a identificação da possível contaminação.
A aparência de um lubrificante em boas condições deve ser límpida, caso contrario ela estará turva, com resíduos suspensos ou depositados indicando contaminações por agua e/ou outros contaminantes.
A análise de água primeiramente é feita por crepitação que acusa a presença ou não de água (análise qualitativa). Caso haja a presença de água em seguida é feita a destilação da amostra ou realizado o ensaio pelo método Karl Fischer para determinar o teor da contaminação (análise quantitativa).
Água nos equipamentos pode causar corrosão, oxidação e a inibição dos aditivos.
A densidade é a relação entre massa e volume do lubrificante. Através da densidade pode-se calcular a quantidade de lubrificante em quilogramas.
Viscosidade é a resistência ao escoamento oferecida pelo óleo, sendo a principal propriedade dos lubrificantes. O ensaio é feito a 40ºC e a 100°C, dependendo do tipo do equipamento (motor, transmissão ou hidráulico).
Uma viscosidade abaixo dos parâmetros pode identificar uma contaminação por solventes ou combustíveis, já uma viscosidade acima dos parâmetros pode identificar uma oxidação ou contaminação por insolúveis.
O índice de viscosidade é um valor que indica a intensidade de variação da viscosidade em relação à mudança de temperatura. Quanto maior o índice de viscosidade, menor é a variação da viscosidade, ou seja, melhor o lubrificante.
O TAN indica a quantidade de substâncias ácidas existente no lubrificante. Essa substância é gerada a partir da oxidação do óleo, atacando os metais e proporcionando os desgastes metálicos.
O TBN indica a quantidade de compostos básicos existente no lubrificante, indica também se a reserva alcalina do mesmo está dentro dos parâmetros, abaixo dos parâmetros ou se simplesmente esgotou. Um lubrificante com a reserva alcalina esgotada precisa ser trocado. Essa reserva alcalina é formada por aditivos básicos feitos para combater a formação de ácidos no lubrificante.
É a temperatura mínima em que o gás desprendido pelo lubrificante se inflama. Um ponto de fulgor baixo pode indicar contaminação por combustíveis e outros solventes.
Este ensaio indica a quantidade de resíduos queimados (carbono insolúvel) pela combustão dos motores. O excesso de fuligem pode espessar o óleo e entupir os filtros.
Determina o nível de contaminação do lubrificante através de contaminantes como água, ar, partículas sólidas e outros produtos, e é determinada por várias normas sendo as mais usadas a NAS 1638 e a ISO 4406.

Análises Espectrométricas

As análises espectrométricas são essenciais na prevenção de falhas do equipamento e ajudam a prolongar a sua vida útil.

Tem por objetivo determinar os metais de desgaste, os contaminantes e os aditivos contidos na amostra. Quanto maior se verificar a taxa de contaminação das amostras de óleo, maior será o risco de falência de algum componente.

O monitoramento e acompanhamento do aumento da quantidade de metais são muito importantes. Como em toda técnica preditiva, o acompanhamento e comparação com valores anteriores é essencial.

Os principais elementos determinados pela espectrometria:
Ferro (Fe) Cobre (Cu)
Cromo (Cr) Chumbo (Pb)
Níquel (Ni) Alumínio (Al)
Estanho (Sn) Silício (Si)
Molibdênio (Mo) Zinco (Zn)
Cálcio (Ca) Magnésio (Mg)
Sendo Ferro, Cobre, Cromo, Chumbo, Níquel, Alumínio e Estanho metais de desgaste, o Silício um contaminante e Molibdênio, Zinco, Cálcio e Magnésio aditivos.